Banco Central adia novamente a segunda fase do “dinheiro esquecido”

O Banco Central adiou o início da segunda fase do Sistema de Valores a Receber (SVR) pelo segundo mês consecutivo.

A previsão da retomada dos resgates ao dinheiro esquecido estava para o dia 2 de maio, mas precisou ser prorrogada por conta da greve dos servidores da instituição.

Na primeira fase do sistema, 3,6 milhões de pessoas e 19 mil empresas solicitaram um total de R$ 336 milhões.

A expectativa para a próxima etapa é que R$ 4,1 bilhões fiquem disponíveis para saque.

Os recursos da primeira fase têm como fontes:

  1. Contas correntes ou poupanças encerradas com saldo disponível;
  2. Tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente (com devolução prevista em Termo de Compromisso);
  3. Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de cooperativas de crédito;
  4. Recursos de consórcios encerrados.

Já na segunda, entram outras sete fontes:

  1. Tarifas cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  2. Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  3. Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
  4. Contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível;
  5. Entidades em liquidação extrajudicial;
  6. Fundo Garantidor de Crédito;
  7. Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito.

Consulta

As consultas ficarão disponíveis no portal do SVR assim que forem retomadas. Para ter acesso ao sistema, o cidadão deve possuir uma conta Gov.br nível prata ou ouro.

A grande novidade esperada para a segunda fase é o fim do agendamento. A partir do retorno do portal, quem encontrar saldo poderá solicitar o resgate do dinheiro já na primeira consulta, o que não era possível até o momento.

Greve dos servidores do BC

A paralisação dos funcionários públicos do Banco Central deu início no dia 1º de abril e já provocou atrasos em diversos serviços da instituição.

Além do SVR, também houve prejuízo na divulgação do boletim Focus, de dados do fluxo cambial e da PTAX diária, que é uma taxa que representa a taxa de câmbio.

A exigência dos servidores é um reajuste de 13,5%, entre outras demandas.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, 80% dos participantes da última assembleia votaram a favor da continuidade da greve.

Com informações do Edital Concursos Brasil